Diretores da Feserp criticam proposta de congelamento de salários dos servidores
Diretores da Feserp repudiaram na manhã desta sexta-feira a possibilidade de ocorrer a suspensão do reajuste dos salários dos servidores até 31 de dezembro de 2021, conforme estabelece o artigo 8° do projeto de lei aprovado esta semana pelo Senado e que garante apoio financeiro da União aos Estados, municípios e Distrito Federal.
O Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020) prestará auxílio financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios para combate à pandemia da covid-19. O valor inclui repasses diretos e suspensão de dívidas. Foram 79 votos favoráveis e um voto contrário e a matéria agora aguarda sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a presidente da Feserp, Lílian Fernandes, os servidores não podem pagar a conta pelos reflexos econômicos negativos provocados pela pandemia do coronavírus. “Existem centenas de servidores que recebem o equivalente a um salário mínimo mensal. Como ficará a situação dessas pessoas diante da redução do poder de compra dos salários de agora até o final do ano que vem?”, indagou a dirigente.
Por sua vez, o 1º vice-presidente da entidade, Michel Vaz Morrison, destacou que a Feserp se posiciona favorável ao projeto que prevê ajuda financeira aos Estados e municípios durante a pandemia, mas contra o artigo 8° da nova norma, que estabelece o congelamento dos salários. “Trata-se de proposta escancaradamente injusta”, pontuou.